Se você não crescer em mim, me sabe meus santos devaneios, que posso nascer por ti. Se tuas mãos não apalparem meu calor, serei em ti como nuvens levadas pelo vento, abrindo caminho à solidão dos sóis. Mas ainda estarei lá; por cima, velando teu sorriso, e mesmo cansado pelo câncer que me corrói, me descalço ao compasso da vida. Ao compasso das sinfonias que aprazem meu eu, me desliso, me insisto, me amalgamo, me chamo; salvando cruas paixões. Festejo meu velório, angustio meu olhos, canto desencantos, debalde às minhas fés. Suspiro; caminho; retiro; construo: Netuno, Saturno, vénus, procurando em algum lugar do universo, minhas sandálias que por ti me descalcei.
Por: Kássio rodrigues