Sou o fruto do romantismo que não vivi, a essência do amor que não ganhei, o eco do som que não se propagou. Sou o balançar das folhas que se movimentam através do vento que não soprou, a luz do sol que não saiu, a coletânea com um só exemplar, a exuberância sem sua perfeição. Se realmente sou tudo isso, então chego a conclusão de que nada sou, pois sou tudo que não é de fato. Na realidade sou o tudo e o nada, a linha de encontro entre a verdade e a mentira, a supremacia e a inferioridade, e até Socratis com toda sua sensatez e prudencia assentiu que só sabe que de nada sabe, e é com a mesma assertiva que indago, sou ou não sou? O que me faz ser, ou deixar de ser? "Só sei que nada sei", só sei que não sou o que pensam que sou, mas sou o que eu quero ser
Por: Maikon rodrigues