segunda-feira, 24 de junho de 2013

Olhos que sorriem - Kássio Rodrigues



Ela sorria com os olhos. Isso me fascinara de fora para dentro como uma vacina anestesiadora; me deixara imóvel.
Retumbantemente introspeção me alabardava dividindo-me em: eu, ela e o amor.
A mais perfeita alusão ao momento tênue que se findara.
Far-me-á sólido e crente desta vez? Era o que me ateava aos pensamentos numa auto reluto de calor.
Fechado os olhos, me permiti ser levado. E, funcionou! Fomos cantados em anjos anônimos de esperança.
Mesmo que só eu os tenha visto (os anjos) – não sei – busquei no íntimo do meu coração um sonho esquecido:

Andar nas ruas sentimentais do amor, segurando sua mão suada depois de um sonho bom, e, nunca mais acordar.

Kássio Rodrigues