sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Saudades



Saudades


E, mesmo estando lá o tempo todo, minha timidez do interior não a reconhecia. Tinham lábios vermelhos-sangue, olhos que sorriam e personalidade ávida. Um corpo desenhado à minha ignorância, mas puro que uma criança. Voltei à frente de sua presença; e sua pessoa estava tão presente, que não consegui ouvir sua voz. Ela dizia: "Eu, sem você, é como você sem mim. Case-se comigo, antes que não pareça tão bom pedido".

------------------------------------------- ---Faço, e confirmo-------------------------------------------------------





21:40 Horas.
São dias de tristeza. A imagem ao fundo da rua de minha casa, mostra a frieza do século XXI. Em pensar que era eu, menino magro que não se importava com minhas roupas, a frieza de meu derredor está mais iluminada que os vaga-lumes de 18 anos atrás. Os gastos com minha vaidade, vergonham minha aspirante responsabilidade.
Hoje, a solidão faz-se presente em meio à multidão. Minha candidez insalubre, de noites sós, não representam mais minha caminhada. Ficou meu exaspero. Minha sanidade contestou-se a si mesma. Faltou amor. 
Boa noite, caro leitor. Nem sei mais o que escrever.