sexta-feira, 10 de maio de 2013

Fastio desassossegado - Kássio Rodrigues

       

Eis-me aqui em minha razão; travestida de sentimentos, recalcada de lealdade e chamuscada de seriedade, vinda montado num burro chucro, selado de cansaço, rebuscado de amor; numa força tamanha, numa insensatez imensurável.

       Não quero ouvir conselhos de nostálgicos mágicos ou ilusionistas. Pessoas nas quais enforcaram-se na corda do amor. Pessoas nas quais, saíram do cativeiro,
Trocando o calor de sua amada, por frestas de luzes que pareciam boas à alma. Isso eu já fiz! Isso já vivi e, não quero aconselhar pessoas, num grito desesperador pela minha redenção, porque isso é ilusão.

       Por mais que cante, por mais que escreva, nunca transmitirei àquela menina, um resquício da minha dor. Deve estar aí, o motivo da separação da alma e do corpo: caso tivesse em minha voz, solidez ao ponto de gritar àqueles ali na beira do mundo precisando de luz, gritaria em notas proibidas: volte, e entenda duma vez por todas: seu amor é seu e de mais ninguém.

      Cancelei agora meu status de ´´superado´´, assumo daqui em diante, sem medo de ser inundado por minhas más escolhas. Pode sair de cena, ó fadiga! Saia de cena, ó cotidiano! Agora sou eu quem decide e, decido por mim mesmo..., ... ou melhor, decido isso depois...

Por: Kássio rodrigues

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