terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Parasita (Kássio Rodrigues)

  



O amor é abstrato; subjetivo, relativo e sem data de validade. Vem do nada, e vive como um parasita da sua integridade moral e felicidade. Transpõem-se em ideias fixas de "bem me quer, mal me quer", e quase sempre se esbarra na falta de comunicação. Por último, gosta de incomodar; de tirar a fome e o sono, para determinar quem manda no jogo: a incôndita da sua existência, a existência do amor.

Por: Kássio rodrigues

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A espero - (Maikon Rodrigues)





















À espero incansavelmente...

...

A espero incansavelmente, pois sei que não posso desistir da minha amada, não posso desistir do brilho que ilumina a minha escuridão, do sorriso que inflama a minha vida. Sua beleza é invejada por todas as mulheres, seus olhos castanhos deslumbram o seu rosto, seus lábios carnudos embriagam a minha memória, a qual se arrepende inexplicavelmente por outrora tê-la não apenas em minha mente, mas também fisicamente, se arrepende de não ter dado valor no que tinha, se e que sabia o valor que aquela joia possuía, mas hoje sei e não só sei como sinto e pago um alto preço por não ter sido melhor, por não ter valorizado aquela joia.

A espero incansavelmente...

...

Creio que vou recupera a minha joia, mesmo estando sendo usada por outra pessoa. Acredito e espero, pois assim como Paulo disse: “o amor é paciente, é benigno, tudo espera e tudo crê”.

A espero incansavelmente...

...

Agora sei o tamanho do amor que tenho por aquela joia, pela aquela princesa, aquela donzela. Sei que errei, mas também sei que sou capaz de consertar todos os meus erros e melhorar em todos os aspectos, por isso não vou desistir, mas pelo contrario, vou lutar por te e esperar-te e prometo nunca mais perde-la, assim que te recuperar. Steve Jobs disse uma vez: “cada sonho que você deixa para trás é um pedaço do seu futuro que deixa de existir”, então só me resta lutar pelo meu sonho, VOCÊ, e nunca desistir dele e não deixa-lo pra trás, por isso afirmo que vou te esperar incansavelmente.

E continuo a espera-la incansavelmente...

...

Por: Maikon rodrigues

O Amor - (Maikon Rodrigues)




O Amor é como uma árvore enraizada onde se pode cortar até o tronco que novas folhas brotam de suas entranhas com uma nova esperança de vida e com a mesma força que outrora, quando brotará pela primeira vez, tinha.
O Amor é como uma rosa cheia de espinhos, linda, deslumbrante, mas que fere e machuca.
O Amor é como uma alegria triste, um pranto sorridente, um descontentamento contente que abriga dentro da gente, é como o sol que ilumina e de acordo com que você se aproxima o calor infernal queima seu corpo e cega seus olhos, te machuca, te tortura, te destrói e te evaporiza.
O Amor é como uma barreira que te faz esquecer-se de si mesmo e passa a lembrar-se somente da pessoa amada.
O Amor é como uma linha que divide o tudo e o nada, o claro e o escuro, o preto e o branco, o regozijo e a murmuração, o gozo e a tristeza, o medo e a coragem, mas do que vale a coragem se todo corajoso foi vencido pelo amor?
O Amor é sufocante, destrutivo, triste, insensato, ignorante, imprudente, prepotente, orgulhoso, medroso, mas ao mesmo tempo é libertador, construtivo, alegre, sensato, sábio, prudente, poderoso, humilde, corajoso, mas do que vale a coragem se todo corajoso foi vencido pelo amor?
O Amor é o encontro entre o tudo e o nada, o começo e o fim, o alfa e o ômega, a ausência e a presença, o sorriso e o choro, o beijo e o tapa, o abraço e o empurrão, o interesse e sua falta, a companhia e a sozinhez.
O amor é como uma flor que brota no deserto trazendo novas esperanças e novas expectativas, é como o primeiro dia ensolarado após o inverno que anuncia junto a sua brisa suave e o desabrochar das flores uma nova estação, a mais bela das estações, a primavera, tão almejada pelos amantes e poetas.

Por: Maikon rodrigues

Te desejo - (Maikon Rodrigues)




















Cada segundo que passa te desejo mais e mais
Assim como o amanhecer deseja a aurora
Assim meu corpo deseja sentir o seu
Assim como a noite precisa da lua para ficar mais linda
Assim preciso de você pra que minha vida tenha brilho outra vez

Desejo desfrutar de seus lábios
Com tamanha voracidade
Que nem mesmo a sede que os corços possuem
Comparar-se-ão com o mesmo desejo que possuo

Anseio, como anseio.
Sentir seus seios no meu peito
Sentir o calor do seu abraço
O toque de suas mãos

O calor ardente da paixão me consome
E minha mente começa a desfrutar de imaginações extravagantes
De um mundo onde outrora nunca houvera ido.


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de 


Quem és ? - (Maikon Rodrigues)




Olhos resplandecentes, cintura de violão
Rosto de boneca, sorriso iluminado
Pernas vislumbrantes, corpo deslumbrante
Quem és?

Tu és o lírio dos meus campos
És a flor mais bela do meu jardim
És o perfume suave das rosas
És o despertar da margarida
És o bater das asas de uma borboleta

És a razão da minha vida
Minha estrela preferida
És minha donzela, minha princesa
És meu complemento, minha coragem
És o maior presente de Deus pra minha vida

Tu és divina
Tu és rainha
Tu és linda
Tu és perfeita

Tu és o meu ar
Meu andar
Meu sorriso
Meu ser
Meu encanto predileto

Tu és o meu amor
Tu és o que me faz feliz
És minha galáxia
E simplesmente por você ser tudo isso
Tu és o meu amor


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de


Saudades - (Maikon Rodrigues)

















Ah minha donzela, como quero ter-te ao me lado
Como quero sentir seu perfume, exalar o teu cheiro
Que falta você me faz, meu ar!

Você é como o crepúsculo do meu entardecer
Como a aurora do meu amanhecer
Você é minha rainha, minha princesa

Seu sorriso é o sol que ilumina o meu dia
Seus olhos são como duas luas cheias que iluminam a minha escuridão

Quando poderei tocar-te novamente?
Quando poderei sentir-te em mim?

Não vejo a hora de sentir teus lábios nos meus
Sentir teu abraço, teu carinho
Morro de saudades de você, meu anjo
Volta logo pra mim!
Estou a sua espera...


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de


Hoje a volta - (Maikon Rodrigues)



Louvar-te-ei hoje oh Deus dos deuses e engrandecerei o Teu nome
Pois fortes Tu que confiares a mim uma nova chance
Render-me-ei a Ti, pois só em Ti tenho gozo e paz
Elogiarei a Tua benignidade e Tua sabedoria
Pois permitisses o meu sofrimento para aprender a lidar com a diversidade

Radiante foste o meu dia de hoje!
A alegria que o SENHOR me deras neste dia não se pode explicar
Pois perdido dentro de mim mesmo estava
Sem rumo e sem direção
Mas destes novamente o motivo da alegria do meu coração

Oh minha donzela, cheguei a pensar que havia te perdido
Cheguei a pensar que não a teria mais comigo
Mas vós me surpreendestes no ultimo minuto
Vós me cativastes a teu amor e teu carinho

Linda tu és oh minha donzela
Reluzente são teus olhos
Flamejante teus sorrisos
Vislumbrantes tua formosura
Deslumbrante o teu jeito doce amargo de ser

Mas agora quero terminar!
Como desejo terminar com você
E vou terminar o resto da minha vida junto a você
Fiques comigo para todo o sempre, oh minha donzela
Não me abandones, pois te quero e desejo-te cada vez mais


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de 


Volte - (Maikon Rodrigues)


Quanta falta tu me fazes
Quantas saudades tenho de te, oh minha amada
Tu não sabes o quanto te desejo
Nem o quanto te espero
Mui menos o quanto te quero

Como quero ter-te em mim outra vez
Lembro-me de outrora termos sidos tão felizes
Só consigo lembrar das nossas extravagancias
E dos momentos bons durante nossa jornada
Que ainda creio que não acabara

Me recordo de seus lábios nos meus
De meus olhos nos seus
Como adorava sentir sua respiração forte e flamejante
Que em mim lançava em nossos momentos de caricias

Tu não sabes o quanto enamorado estou por te
Nem tens noção do tamanho do medo que estou sentindo
Medo de te perder definitivamente

Oh estrela que ilumina a minha vida
Volte e brilha outra vez em mim
Oh crepúsculo que deslumbra o meu entardecer
Volta e deslumbre a minha vida
Pois sem te, oh minha donzela
Sem te não sei viver

Desesperado estou
Sem rumo e sozinho
Perdido dentro de mim mesmo
Perdido no vazio que agora habitas em mim
No vazio que na verdade não é um vazio
Mas sim o lugar reservado pra te!

Oras, volte logo
Antes que eu morra de saudades
Antes que eu morra de desejo
Antes que eu morra de amor por te
Volte para os meu braços
Estou te esperando, volte !


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de


Saudade Infernal - (Maikon Rodrigues)


Sou poeta, sou amante
Mas sinto tristeza e angustia
Depressão não conheço, nem quero a ver
Mas algo pior tive o desprazer de conhecer.

Que és ?
És tu saudade infernal
Que tanto me mata e me corroem
Creio que um dia ainda ei de te matar
Ainda ei de exterminar contigo.

Como minh‘alma te odeias
Como quero me ver livre de te
Ah como te desprezo e te negligencio
Te abomino!
Ainda matar-te-ei um dia.

Espero que não consuma mais a minh'alma
Se é que existe algo ainda para ser consumido
Mas do pouco que me resta
Tirarei forças e combater-te-ei
E sei que um dia ainda ei de te matar.


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de


Dispare, oh coração dispare - (Maikon Rodrigues)
















Dispare, oh coração, dispare!
Dispare de tristeza e solidão
Dispare de angustia e de saudade
Dispare de arrependimento de não ter sido melhor.

Dispare, oh coração, dispare!
Dispare hoje de toda falha que fizestes
Dispare hoje por todo esse sofrimento que estas passando.

Dispare, oh coração, dispare!
Dispare de angustia hoje, porque amanha tu dispararás de alegria e gozo
Tu dispararás de felicidade e de paixão
Porque tu e tua amada estarão felizes.

Dispare, oh coração, dispare!
Corra como o vento
Corra em direção a sua amada
Pois ela mui espera por te, mesmo que seja inconscientemente.


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A vingança - (Salomão Moura)




 

          Pobres policiais... Não tiveram conhecimento do mal que os aguardava com desejo voraz de vingança quando tudo aconteceu tão rápido e ao mesmo tempo tão devagar, que puderam ouvir suas próprias respirações. Aliás, apenas um pôde, e foi aquele que deveria ter sido a única vitima de um homem tão cruel e frio, que passou a passos lentos, para ver sua presa no chão todo cheio de sangue e com os olhos esbugalhados de pavor ao ver que acabara de perder as duas pernas. Pudera! Estava cumprindo sua missão, sua ronda de rotina, e não esperava encontrar aquele pedaço de mão jogada no chão, toda ensanguentada, e aquele rapaz chamando a viatura para averiguar o que seria aquilo. Nunca viu uma mão tão grande daquele jeito. Se bem que nunca vira uma mão cortada antes e ainda por cima faltando dois dedos. Quem a deixara ali? Ninguém seria tão idiota de cortar a própria mão e jogar na rua.
        Aquilo era um crime bárbaro cometido por algum psicopata doente, e esse policial saberia como lidar com aquilo, pois lidava com psicóticos o tempo todo. Não seria difícil achar. Pra ele era só mais um caso, mais uma vítima, mais uma medalha, mais oportunidade de ficar famoso na mídia como “o homem por quem os psicopatas se rendem”. Nada melhor do que descer da sua viatura e ver as pessoas dizendo seu nome em admiração plena e respeito ao abrir caminho e deixar o verdadeiro mestre trabalhar. Ao ver que havia uma pequena multidão ali fotografando, expulsou a todos e pediu distancia aos que não se foram. Logo chega outra viatura, que seria desprezada pelo herói que já estava ali para tentar solucionar o crime, mas foi logo se aproximando e fechando a esquina, para expulsar as pessoas que ainda estavam ali, sendo que fizeram um V para proteger a esquina de pessoas, ficando cercados os quatro policiais. O policial olhou a mão com cautela, e pôde perceber uma escritura, como que tatuada. Não podia ver direito, pois estava de cabeça para baixo. Pegou um pequeno graveto e virou a mão ao contrário. Não se admirou com a palavra. Não ainda. SAUDAÇÕES, em letras góticas. Foi quando olhou para a mão e viu uma seta feita com dedo no sangue. A seta apontava pra trás do policial. Ele olhou para trás e não viu nada, mas fixou os olhos na parte de trás com medo de que algo acontecesse ali. Pensava; alguém sabia que eu estaria aqui e agora, mas quem poderia ser? E foi quando aconteceu aquele de já vu, em câmera lenta. Viu passar pela esquina um rapaz familiar. Provavelmente já o prendera. Prendeu várias pessoas em seu tempo como policial e sempre teve provas para prender qualquer um que quisesse, mesmo que pra isso precisasse forjar as mesmas. Talvez aquele rapaz tivesse sido preso injustamente. Olhou para a mão faltando dois dedos e se lembrou de um jovem que encontrou na rua de madrugada e o espancou, junto com seu parceiro. Lembrou-se de ter chutado o rapaz, de ter quebrado dois dentes, se lembrou de tê-lo humilhado, se lembrou de ter puxado o canivete passado na garganta do rapaz, mas o mesmo tentou proteger o pescoço e acabou perdendo dois dedos. O policial, assustado, fugiu enquanto o pobre rapaz, estudante de direitos humanos, gritava de dor e agonia enquanto via a mão sangrando sem seus dois dedos. No outro dia, o mesmo rapaz fora preso dentro de sua casa com duas onças de heroína dentro do guarda-roupa, e foi alegado pela polícia que o rapaz havia sido violentado por outro traficante da região. O rapaz foi preso e ficou dois anos dentro de uma cela, onde fez várias tatuagens pelo corpo. Ele próprio fazia as tatuagens. Um homem calado, sem expressão, apenas ouvia falar que o policial que o prendera estava ficando famoso por prender psicopatas. Psicopatas que saíam daquela mesma cadeia, com o propósito de ferir um policial que provavelmente os torturava. Lá estava o policial olhando para uma mão com três dedos e entendendo o enredo e o espetáculo de um homem tomado pelo ódio. Não era mais um psicopata. Era um homem justo querendo vingança, e que usou a mesma frase que o policial usara quando o jogou na cela imunda e lhe cuspiu na face; Saudações, bem vindo ao inferno! Um homem que adorava o sentimento de brutalidade. Que ignorava as pessoas. Que andava com seu parceiro, mas preferia andar sozinho. Agora via um rapaz passando pela rua sem saber de onde o conhecia. As duas mãos no bolso, o olhar em sua direção sem nenhuma expressão caminhava tão lentamente que sua mente não conseguia compreender. Porque não conseguia encaixar as coisas? O que faltava na peça daquele quebra-cabeça? Três dedos. Os três estavam esticados pra cima: o médio o anular e o mínimo – sendo que o polegar e o indicador haviam sido cortados. O que representaria? Seriam três chances? Três vezes? Lembrou rápido ao ver as tatuagens nos três dedos com as palavras: VOCÊ VAI MORRER escritas cada uma em um dedo, mas fora de ordem: MORRER VAI VOCÊ. Lembrou-se da conversa que teve com o rapaz, que saiu dois anos depois da cadeia. Chegou a seu ouvido e falou; vou te dizer três palavras: nunca abra a boca. O rapaz olhou nos olhos do policial e falou bem próximo ao seu ouvido; vou lhe dizer três palavras; VOCÊ VAI MORRER. Não ouve reação à frase curta e decidida do rapaz, que parecia ter um plano. Não no momento. Mas quando virou as costas da delegacia, foi até a casa do rapaz – que ele já sabia antes onde seria – e jogou uma bomba caseira que explodiu a casa e matou um rapaz. A explosão destruiu completamente o corpo do rapaz, que teria sido atingido em cheio. O policial assumiu o caso, pegou o corpo do rapaz, antes da perícia e cremou, jogando as cinzas na lagoa. Pronto! Matara o rapaz que o ameaçara. Matava todos que o ameaçavam. Se seu filho – ele não tinha filhos, então é apenas uma suposição – o ameaçasse, ele também o mataria sem remorso. Não sabia o que era remorso. Não sentia culpa, medo, dor, mas sentia um frio inesperado ao olhar o rapaz que continuava andando lentamente, por culpa de sua mente que estava embaraçada tentando entender o que acontecia. A mão cortada não era do rapaz que morrera, pois ele mesmo cremou o corpo, e os dedos voaram por toda parte. Aquela era uma mão simbólica. Então percebeu seu erro. Não havia verificado o DNA do corpo que cremou no dia do incêndio, quando assumiu o caso e disse que a casa explodida havia sido do ex-presidiário que acabara de sair da cadeia, e que era um acerto de contas entre os bandidos da região. A especulação foi geral entre os moradores, pois todos sabiam que havia um jovem lá dentro, mas o policial negou que houvesse qualquer pessoa dentro da casa na hora da explosão. Agora entendeu que não era o rapaz que havia matado. Era outra pessoa que morreu naquela explosão que ele provocou para matar o homem que ele havia destruído a vida e jogado na cadeia, e que o ameaçara. Agora se sentia impotente diante da possibilidade de ter sido enganado, mas o rapaz ainda estava passando em câmera lenta, chegando à outra ponta da esquina, com o olhar fixo no policial que olhava tanto para a mão quanto para o rapaz. De repente, da mão, piscou uma pequena luzinha vermelha. O policial olhou e se agachou para ver. A mão com três dedos tinha um pequeno buraco com uma pequena luzinha vermelha no centro. Não era uma mão de verdade! Era uma bomba! Então entendeu rápido; era pra prestar atenção do lado da seta enquanto a bomba seria ativada e explodiria os policiais. Ela piscou novamente e o policial reconheceu o tipo da bomba; ela piscaria uma terceira vez e explodiria. TRES DEDOS. Era isso! O rapaz lhe dera a chave! É uma bomba, gritou ele. A seta era pra onde deveria ser jogada a bomba, pois não haveria risco de machucar ninguém. Então o mais rápido que pôde pegou a mão e jogou em direção a rua e em um segundo a bomba explodiu antes de cair no chão. Pessoas gritaram de medo, outras correram, “foi por pouco” pensou o policial. Mas ainda não havia acabado. Olhou para o rapaz e o mesmo sorriu. Foi o prazo curto de olhar para o chão, ver uma granada rolando por baixo da viatura e parar no local onde estava a mão para o policial entender; tinha em sua política a seguinte frase; SE APONTAREM UM DEDO EM SUA DIREÇÃO, HAVERÁ TRES APONTANDO PARA VOCES. Ou seja, ele viu a seta apontando para um lado, mas não viu que os três dedos da mão apontavam para o outro lado. Viu depois que já era tarde, apenas a marca dos três dedos no sangue, apontando em direção contrária à seta. Olhou para o rapaz. Havia sido enganado com seus próprios princípios. O rapaz tirou a mão, que só havia três dedos do bolso e o cumprimentou; Saudações! Bem - vindo ao inferno! Com um olhar simples, finalmente parou de andar. Já estava em certa distância e podia admirar.
       O policial entrou em pânico; três erros cometidos em toda sua vida, dois dedos cortados, três palavras escritas ao contrário, dois anos de prisão, uma seta, um homem, uma vida, uma guerra, um desejo de vingança concluído. Bummmmm... A bomba explodiu e lançou o policial para longe, sem as duas pernas. O rapaz admirou, sem reação alguma. Não era suficiente. Quando a bomba explodiu, lançou os policiais longe, mas o policial, lançou perto da esquina, ele ficou em estado de choque ao se ver sem pernas, sangrando e olhou para o jovem. O mesmo não teve reação. Mas o impacto da explosão fez explodir um dos carros, e como ambos estavam juntos, um explodiu e em seguida o outro também explodiu e foi lançado em cima do policial que morreu esmagado pela viatura. O rapaz virou as costas e foi embora. Já havia cumprido sua missão.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Cerejas - Kássio Rodrigues



Vendem-se cerejas para pontas de sorvetes;

Não sei ao certo qual sabor mais lhe agrada, nem se estás gripada, e qual preço estás dispostas a pagar, mas lhe vejo aqui todos os dias, e o sol está forte neste mês. Não pude deixar de reparar também em suas curvas; com todo respeito, mas sua beleza incendeia esse lugar, o barulho dos seus passos são mais suaves que os cantos dos pássaros. Os paralelepípedos te obrigam a ser devagar, mas não os culpo, aliás, os agradeço, porque há dias lhe vejo passar, e nem sequer sei seu nome. Chutaria Gabriela, porque combina com seus cabelos caramelos. Mas qualquer nome, desde que pronunciados de você para mim, se tornaria perfeito. Quanto ao sorvete, quando podemos marcar?