NOSTALGIA
(Kássio Rodrigues)
Pego de surpresa, deu um grito:
- Aonde você pensa que vai, e me deixar aqui depois de tudo?!
O silêncio permaneceu no alpendre, fortes pingos d'água fortaleciam a sensação de ilusão. Quase não acreditava no que ouvira, além de vir do quarto dos fundos, aquele som meigo, de uma criança que acabara de ter um pesadelo. Acompanhando as batidas fortes do coração, uma goteira que molhava a entrada da sala. Tudo era tão nítido, que se podia entender como são criadas as nostalgias: um pouco de intensidade, uma boa ou má notícia, o silêncio quebrado pela voz do coração, e uma verdade desmascarada ou encoberta. Hoje não é hoje, hoje é aquele dia frio de primavera, onde a estiagem dá um sossego, e entra em cena o sono da solidão, que se fez dormir, pelo simples motivo de estar chovendo.
- Aonde você pensa que vai, e me deixar aqui depois de tudo?!
O silêncio permaneceu no alpendre, fortes pingos d'água fortaleciam a sensação de ilusão. Quase não acreditava no que ouvira, além de vir do quarto dos fundos, aquele som meigo, de uma criança que acabara de ter um pesadelo. Acompanhando as batidas fortes do coração, uma goteira que molhava a entrada da sala. Tudo era tão nítido, que se podia entender como são criadas as nostalgias: um pouco de intensidade, uma boa ou má notícia, o silêncio quebrado pela voz do coração, e uma verdade desmascarada ou encoberta. Hoje não é hoje, hoje é aquele dia frio de primavera, onde a estiagem dá um sossego, e entra em cena o sono da solidão, que se fez dormir, pelo simples motivo de estar chovendo.
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