quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O que vi - Kássio Rodrigues



O que vi:

Vi de tudo nesta vida.
Não que a tenha vivido intensamente, ou que eu seja auto de data.
Sou quieto. Apesar de sempre ter considerado isso um defeito,
Vejo-me grande, mesmo que não o seja.

Vi o sol frio e a lua quente.
Vi nuvens densas em dias de pipa
Vi pessoas vazias se sentindo cheias
E, cheias, se sentindo vazias.

Vi cantos nobres em ruas escuras
Homens bons escondidos dos holofotes
Vi marchas firmes, em prol do nada
Mas também vi o nada tornando-se tudo

Vi o perdão triunfar em meio à guerra
A guerra perdoar mais que monges
Vi santos se contaminando
E contaminados tornando-se puros

Vi fortes se fazendo de fracos
Fracos se fazendo de fortes.
Pés delicados alçando duros chãos
Outros cascudos deliciando-se em massagens de areias do mar

Vi a morte triunfar sobre a vida
E a vida desbaratar a morte
Os avós aprendendo com os netos
Mas vi filhos tão quanto sem almas

De tudo que vi, nada vi; Tudo cri. 
Às vezes sem ter,
Às vezes sem amar,
Às vezes sem andar
Mas tudo tive, tudo pude, tudo fiz.
O que não fiz não posso dizer que foi omissão.
Pois dum coração apaixonado, tudo pode se esperar
Menos ser intrometido.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Expoente, o vento - Salomão Moura



       Se houvesse composições em meus sentimentos, tais se ilustrariam pelo farfalhar de um vento invisível que se choca contra as montanhas de pedras
Capaz de dilacerá-los pouco a pouco. A cada sopro fino, esfarelando lentamente; ironicamente transformando grandes rochas em pequenos grãos de areia que se misturam à sua forma
Transformando-se em um vento mais potente.
Se houvesse algum som em meus sentimentos, seria como um ruído estridente de um pequeno redemoinho que sai da montanha para brincar nos campos duma aldeia
Carregando consigo a poeira, folhas secas e outros componentes de chão sujo; querendo ser mais do que ouvido.

          Se houvesse composições em meus sentimentos, tais seriam com a roda seca dum redemoinho
Que se une a outros mais belos; aos animais mais fortes e os tempos mais misteriosos, sem entender a dor que causa a quem está em seu interior
Mas que, pouco a pouco, sente a culpa pesada dentro de si.

         Se houvesse algum som em meus sentimentos, seria como um grito assustador de um furação que sente culpado por seu fracasso;
Por não poder ser o que era, pois se tornara amargo, a ponto de se unir a ventos fracassados que não podem tocar o céu sem estar firmemente pregados ao chão sujo,
Por destruir toda a vida à sua volta, pelo egoísmo de querer ser grande.

        Se houvesse composições em meus sentimentos, tais se ilustrariam como um furação, que depois de horas vai expelindo aos poucos as cinzas do que restou da sua destruição;
Abandonando tudo que despedaçou; entendo que nada daquilo deveria fazer parte do seu interior, nem mesmo os ventos, dos quais se uniu.
Aos poucos vai jogando casas destroçadas, árvores destruídas, animais mortos e tudo arrastou consigo, pelo mero prazer de arranhar o céu.

        Se houvesse algum som em meus sentimentos, seria como o som de uma brisa fina, que se desloca de um furação reconhecendo sua simplicidade; tristemente arrependido, depressivamente saudoso, que decide voltar às montanhas que lhe acolheram, evitando machucar as rochas, antes feridas e amedrontadas, temendo ser machucadas novamente pelo seu sopro irônico;
Seria com se o som de uma brisa fina que decide deixar as montanhas pra sempre alegrar os moinhos de uma fazenda

       Se pudesse comparar meus sentimentos, os compararia à brisa que diverte os moinhos de uma fazenda, e, que balança as folhas de uma árvore, dando vida e movimentos, que diverte pássaros
E as pipas que voam ao seu favor.
Que brinca com as folhas secas caídas, dando-lhes sensações de vida própria, que brinca com a flor, levando longe seu perfume, que passa pelas águas cristalinas e lhes dá o som perfeito
Que passa pela grama e lhes faz cócegas, que une a todo ser que respira, permitindo-lhes a pureza do ar fresco, que abraça todas as pessoas tristes ao seu redor, com leveza, secando lágrimas e proporcionando um arrepio gostoso; arrancando deles um sorriso de esperança.

Uma brisa que, com o tempo, ganha o céu de presente e se torna o vento mais puro e o mais forte de todos; capaz de dançar com as nuvens e mudar suas formas; capaz de descer ao mar e sacudir suas águas mais pesadas e, ajudar marinheiros a chegar em suas casas sem perigo. Um vento puro que apesar de invisível, deixa saudades no coração de quem o sentiu.

Por Salomão Moura

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Lisura - Kássio Rodrigues


Quando estivermos prontos, será como um despertar voluntário de domingo de manhã.

Quando a sorte obedecer o coração, será como uma brisa minuano, acariciando o rosto e libertando os cabelos.

Será forte a minha alegria, e torpe a minha sensatez, porque não o saberei.

Mas, não o quero saber. Quero você. E, para mim, é um objetivo de vida.

Resta-me te amar. E, como o próprio verbo em questão diz, independe se me amas também.

Como reza a lisura da alma, tem-se que, é melhor amar assim a não valorizar-te quando te tenho.


Se ainda te tenho, deixe-me ao menos, sonhar com o nosso amor.

Kássio Rodrigues

terça-feira, 16 de julho de 2013

Candidez - Parte 2 (Kássio Rodrigues)



Quando me vi, sujismundo, vagante em plagas de outros.
Em outrora, era febril, esfriado pelo pano molhado.

Olho hoje, degusto minhas possibilidades
Sem entender, como vim parar aqui...

Como vim me esconder dentro de mim
Suo frio, mas não me deito mais
Canto grosso, mas não me aplaudo mais,

Visto linho, mas não mostro ao mundo meu personagens favoritos...
Engraxo de preto meu sapato, sem me preocupar em cair depois...

Outrora, fiz-me triste pela hora avançada que fazia o sol se esconder,
Fazia os desenhos no asfalto se esconderem também...
Fazia-me sono. Fazia-me indignado.

Hoje, o mesmo sol ainda se esconde, apagando no asfalto as alergias do dia.
Mas me rebuço em sinfonias de relaxamento, agradecendo a Deus pelo dia que findara.
Kássio Rodrigues

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Harmonia desafinada (Kássio Rodrigues)

Converse pouco. Converta-se muito.
Ande pouco. Desande ao muito.
Pisque pouco. Fique muito.
Beije devagar, antes do crepúsculo.

Voltar-te-á à cena do acontecido que te hipnotizou?
É certo que não. Então?
... Por que te refutas e não te acolhes
Um passado nu te engole, fazendo-te mole.

Certo, é o conserto do concerto.
Mas, não te podes deixar de concertar;
Podemos tocar e cantar juntos!
Mesmo que o mundo não nos assista.


Kássio Rodrigues

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Olhos que sorriem - Kássio Rodrigues



Ela sorria com os olhos. Isso me fascinara de fora para dentro como uma vacina anestesiadora; me deixara imóvel.
Retumbantemente introspeção me alabardava dividindo-me em: eu, ela e o amor.
A mais perfeita alusão ao momento tênue que se findara.
Far-me-á sólido e crente desta vez? Era o que me ateava aos pensamentos numa auto reluto de calor.
Fechado os olhos, me permiti ser levado. E, funcionou! Fomos cantados em anjos anônimos de esperança.
Mesmo que só eu os tenha visto (os anjos) – não sei – busquei no íntimo do meu coração um sonho esquecido:

Andar nas ruas sentimentais do amor, segurando sua mão suada depois de um sonho bom, e, nunca mais acordar.

Kássio Rodrigues

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Doce delírio matinal - Salomão Moura




Jogo sobre ti doces palavras
Com a esperança lúbrica de possuí-la um dia
Me obrigo a pensar nos mistérios profanos
De tua formosura
Que me fascina e me atormenta
Não hei de descrevê-la, comparando-te
Às flores, ao céu supremo ou a qualquer
Recurso fútil da natureza
–És maior que tudo isso, força divina!
Assemelho-te a um anjo de meus sonhos
Juvenis, vestida de negro com teu corpo
Liricamente desenhado e suas formas 
Simétricas que não se encontram em
Nenhum livro de anatomia.
Tocar-te é como apalpar a virtude fluente
Da lua cheia, transbordando teu prazer
A ponto de vê-la flutuar, libertando-se
Da gravidade, que não te podes possuir
É tu a energia sublime que transcende
Cada poro no calor do teu corpo quente,
Tão quente quanto das labaredas faiscantes
De uma lareira no mês de maio.

Salomão Moura

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Desmaterialização dos porquês - Kássio Rodrigues


Por você:
Me acertaria; em acertos; num penhasco - numa correta especificação de poderio de morte - certa certeza, condoer-me-ia em certidão de aprazes, me concertaria; ao molde do bem-querer, àquele sonho do cavalo branco trazendo o ideal, principesco principal do princípio programado. Porque te amo. Por que não me amas também? O porquê disso tudo se arrasta no infinito da solidão... Saudades só têm graça nestas minhas palavras que criptografam meus devaneios, por quê?

Kássio Rodrigues

terça-feira, 21 de maio de 2013

1 minuto de silêncio pela morte do meu ego - Kássio Rodrigues

1 minuto de silêncio pela morte do meu ego:

René Descartes (1596 - 1650) - Autor da frase: ''Penso, logo existo!''.

Sendo ainda cedo, reluto ao calor de meu leito, numa alusão ao camuflar da humanidade num dia normal, secular, de trabalho.
Busco dentro de mim, motivos aquém, de passear uma perna após a outra ante meu velho e popular carro.
Louvo uma canção de sorte; daquelas que representam o que não sou, mas que gostaria de ser.
Rabisco uma casinha de três colunas no caderno de anotações, como uma busca infinita e disfarçada, pela infância que vendi a troco de nada.
Ainda é cedo, e o sol já zomba da minha cara, levando meus desencantos ao compasso da música da cidade: carros, trens, motos, buzinas....
Ahhh, essas buzinas! São tão ligeiras, que às vezes repenso se convivo mesmo numa sociedade de humanos desumanos, e se realmente existo. Mas, se penso, logo existo!
E, se existo, gostaria de saber do porquê de ser invisível aos teus olhos.

Por: Kássio rodrigues

terça-feira, 14 de maio de 2013

A princesa Almática - Kássio Rodrigues



        Sentada à beira do Rio, murmurava cânticos almáticos ao vento. Encolhendo os joelhos aos seios, se abraçava amorosamente sonhando o impossível. Com olhos de ´´Japonês´´, admirava a formação da nuvens enquanto o sol se punha: via cavalos voadores, monstros de um só olho. Até que viu seu pai. Não quis se autoindagar do porquê da visão, nem ser pragmática ao ponto de deixar de sonhar. Ficou ali, o tempo que lhe restou, até que o vento cantarolando a distraiu, enquanto deformava a nuvem numa bruxa caolha. Ao retornar sua visão, não se assustou de não tê-lo mais ali; estava acostumada com as pessoas sumirem ao ser amadas; assustou-se com a bruxa caolha; uma visão bem retorcida que guardara de sua madrasta, que desapareceu após a misteriosa morte de seu pai, levando tudo que ele tinha.

Enquanto se refazia do dia trabalhoso que findara, continuava remoendo antigas cantigas, que ouvia todas as noites antes de dormir. O sol já se escondia em passos largos, dando lugar à lua, tenebrosa, charmosa e voraz. Seu coração estava tão quebrantado, ao ponto de não haver mais ânimo para viver... Se sentia só, abandonada... Mas não desistira: almejou um plano sagaz, amou seu jovem amor, trilhou terras de dragões, reconquistando tudo que um dia foi seu por direito de herança. Tudo estava bem, tudo estava sólido. Mas, às tardes estias, se debruçava copiosamente em cima de si mesma, cantarolando cânticos almáticos ao vento, dia após dia...

Por: Kássio rodrigues

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Fastio desassossegado - Kássio Rodrigues

       

Eis-me aqui em minha razão; travestida de sentimentos, recalcada de lealdade e chamuscada de seriedade, vinda montado num burro chucro, selado de cansaço, rebuscado de amor; numa força tamanha, numa insensatez imensurável.

       Não quero ouvir conselhos de nostálgicos mágicos ou ilusionistas. Pessoas nas quais enforcaram-se na corda do amor. Pessoas nas quais, saíram do cativeiro,
Trocando o calor de sua amada, por frestas de luzes que pareciam boas à alma. Isso eu já fiz! Isso já vivi e, não quero aconselhar pessoas, num grito desesperador pela minha redenção, porque isso é ilusão.

       Por mais que cante, por mais que escreva, nunca transmitirei àquela menina, um resquício da minha dor. Deve estar aí, o motivo da separação da alma e do corpo: caso tivesse em minha voz, solidez ao ponto de gritar àqueles ali na beira do mundo precisando de luz, gritaria em notas proibidas: volte, e entenda duma vez por todas: seu amor é seu e de mais ninguém.

      Cancelei agora meu status de ´´superado´´, assumo daqui em diante, sem medo de ser inundado por minhas más escolhas. Pode sair de cena, ó fadiga! Saia de cena, ó cotidiano! Agora sou eu quem decide e, decido por mim mesmo..., ... ou melhor, decido isso depois...

Por: Kássio rodrigues

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Passos próximos - Kássio Rodrigues

Ah, passos próximos!
Pudera eu, prever suas ilicitudes; não me culparia futuramente - como me faço hoje - pelas más decisões. Quem sabe, nas culpas e devaneios hão de estar portadas o antídoto para a minha autocrueldade; porque só o que sei fazer é, descrer do lado ruim da vida; do fracasso, do erro, das percas.
(...) São  tantos maus adjetivos que, traspassam a beleza de ser um eterno aprendiz. Caro eu, não se deixe ser dominado por isso.

Por: Kássio rodrigues

Vídeo, música: '' Tempo Perdido''- Renato Russo. Interpretação por Kássio Rodrigues:




Por: Kássio rodrigues

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Filtro Solar - Mary Schmich




Senhoras e senhores da turma de 2003:
Filtro solar!
Nunca deixem de usar o filtro solar
Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta:
Usem o filtro solar!
Os benefícios a longo prazo
Do uso de filtro solar estão provados
E comprovados pela ciência
Já o resto de meus conselhos
Não tem outra base confiável
Além de minha própria experiência errante
Mas agora eu vou compartilhar
Esses conselhos com vocês...

Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude.
Ou, então, esquece...
Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado.
Mas pode crer, daqui a vinte anos você vai evocar as suas fotos
E perceber de um jeito que você nem desconfia, hoje em dia, quantas, tantas alternativas se escancaravam a sua frente
E como você realmente tava com tudo encima
Você não tá gordo, ou gorda

Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que preocupação
É tão eficaz quanto mascar chiclete
Para tentar resolver uma equação de álgebra.

As encrencas de verdade da sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada
E te pegam no ponto fraco às 4 da tarde de um terça-feira modorrenta
Todo dia, enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade.
Cante.

Não seja leviano com o coração dos outros.
Não ature gente de coração leviano.
Use fio dental.
Não perca tempo com inveja.
Às vezes se está por cima,
Às vezes por baixo.
A peleja é longa e, no fim,
É só você contra você mesmo.
Não esqueça os elogios que receber.
Esqueça as ofensas.
Se conseguir isso, me ensine.
Guarde as antigas cartas de amor.
Jogue fora os extratos bancários velhos.
Estique-se.

Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida.
As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam,
Aos 22, o que queriam fazer da vida.
Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem.
Tome bastante cálcio.
Seja cuidadoso com os joelhos.
Você vai sentir falta deles.

Talvez você case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos 40, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante.
Faça o que fizer, não se auto congratule demais, nem seja severo demais com você.
As Suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo, é assim pra todo mundo.
Desfrute de seu corpo, use-o de toda maneira que puder, mesmo!
Não tenha medo do seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele
É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir.
Dance! Mesmo que não tenha aonde além de seu próprio quarto.
Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois.
Não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se achar feio!


Dedique-se a conhecer os seus pais.
É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez.
Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado
E possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.
Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons.

Esforce-se de verdade pra diminuir as distâncias geográficas e de estilos de vida.
Porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem
More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer.
More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer.
Viaje.

Aceite certas verdades inescapáveis: os preços vão subir, os políticos vão saracotear, você, também, vai envelhecer.
E quando isso acontecer..
Você vai fantasiar que quando era jovem os preços eram razoáveis,
Os políticos eram decentes
E as crianças respeitavam os mais velhos.
Respeite os mais velhos. E não espere que ninguém segure a sua barra.
Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada,
Talvez case com um bom partido, mas não esqueça que um dos dois pode de repente acabar.

Não mexa demais nos cabelos, senão quando você chegar aos 40, vai aparentar 85.
Cuidado com os conselhos que comprar,
Mas seja paciente com aqueles que os oferecem.
Conselho é uma forma de nostalgia.
Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo,
Repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.
Mas no filtro solar, acredite!


segunda-feira, 6 de maio de 2013

O primo Basílio - Eça de Queiroz


... tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!

Ergueu-se de um salto, passou rapidamente um roupão, veio levantar os transparentes da janela... Que linda manhã! Era um daqueles dias do fim de agosto em que o estio faz uma pausa; há prematuramente, no calor e na luz, uma certa tranqüilidade outonal; o sol cai largo, resplandecente, mas pousa de leve; o ar não tem o embaciado canicular, e o azul muito alto reluz com uma nitidez lavada; respira-se mais livremente; e já se não vê na gente que passa o abatimento mole da calma enfraquecedora. Veio-lhe uma alegria: sentia-se ligeira, tinha dormido a noite de um sono são, contínuo, e todas as agitações, as impaciências dos dias passados pareciam ter-se dissipado naquele repouso. Foi-se ver ao espelho.

Candidez - Kássio Rodrigues





Pudera eu, voltar à infância, onde não havia o mal e, a pureza era tudo que tínhamos. Hoje, não há pureza, e a maldade, é tudo que temos em mãos. 

Os que vivem pensando, não são os mesmos quem pensam para viver. Estes, planejam a própria dor. Àqueles, já não há mais cura.
Antes mesmo da luz do meio-dia, e do crepúsculo, já se tornam obscuros; adestrando a própria alma a não corresponder às expectativas do espírito. E, este último, é definido de tempo em tempo, de acordo com as circunstâncias: espírito calmo; alma angustiada. Espírito são; alma borracha; excesso de dopo.

Por: Kássio rodrigues

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sou? (Maikon Rodrigues)




Sou o fruto do romantismo que não vivi, a essência do amor que não ganhei, o eco do som que não se propagou. Sou o balançar das folhas que se movimentam através do vento que não soprou, a luz do sol que não saiu, a coletânea com um só exemplar, a exuberância sem sua perfeição. Se realmente sou tudo isso, então chego a conclusão de que nada sou, pois sou tudo que não é de fato. Na realidade sou o tudo e o nada, a linha de encontro entre a verdade e a mentira, a supremacia e a inferioridade, e até Socratis com toda sua sensatez e prudencia assentiu que só sabe que de nada sabe, e é com a mesma assertiva que indago, sou ou não sou? O que me faz ser, ou deixar de ser? "Só sei que nada sei", só sei que não sou o que pensam que sou, mas sou o que eu quero ser

Por: Maikon rodrigues

quinta-feira, 18 de abril de 2013

As 4 paredes de vidro (Maikon Rodrigues)



Sou como um peixe solitário num aquário  Preso não em 4 paredes de vidro, mas sim na rotina do meu dia-a-dia. Vivo sozinho observando o mundo la fora, almejando o mar, o oceano ou até mesmo um pequeno rio ou riacho, embora me encontro em um mero e pequeno aquário  rondando e revirando, nadando em circulo e sempre chegando ao mesmo ponto de onde sai. Minhas nadadeiras necessitam de mais espaço meus pulmões  agora, suportam mais oxigênio e quero conhecer mais águas, preciso conhece-las na integra! Mas o q encontro a minha frente? Somente a minha rotina. Somente vidros que me barram de nadar para outras águas e desfrutar o que ainda não desfrutei e viver o que ainda não vivi. Tudo que quero é sair desse aquário e viver livre dessas 4 paredes de vidro.

Por: Maikon rodrigues

Janelas... (Maikon Rodrigues)


Janelas... vidros, travas, outro lado, lado limpo, lado sujo, lados, janela. Formas, tipos, desenhos, janela, transparência  proteção, abre, fecha, tranca, janela...
Janelas da alma exalam verdade, transluzem a realidade, poucos a consegue ver, muito menor é o numero de quem a observa minuciosamente, mas a esses é concedida uma recompensa a altura.
Janelas... abre, fecha, tranca, janela, lado limpo, lado sujo, janela, quem vê, quem vive, janelas...
Pre-conceitos, pre-julgamentos, atitudes de quem vê, no lado sujo de sua janela, o lado limpo da janela da vitima de tal ato abominável, mas tao normal do ser humano e em sua sociedade.
Janelas, tranca, destranca  abre, janela, vida, intimidade, amizade, liberdade, pessoas, confiança, janela aberta, escancarada, perda, frustração, fecha, tranca, janela...

Por: Maikon rodrigues

segunda-feira, 18 de março de 2013

Descalço - Kássio Rodrigues

Se você não crescer em mim, me sabe meus santos devaneios, que posso nascer por ti. Se tuas mãos não apalparem meu calor, serei em ti como nuvens levadas pelo vento, abrindo caminho à solidão dos sóis. Mas ainda estarei lá; por cima, velando teu sorriso, e mesmo cansado pelo câncer que me corrói, me descalço ao compasso da vida. Ao compasso das sinfonias que aprazem meu eu, me desliso, me insisto, me amalgamo, me chamo; salvando cruas paixões. Festejo meu velório, angustio meu olhos, canto desencantos, debalde às minhas fés. Suspiro; caminho; retiro; construo: Netuno, Saturno, vénus, procurando em algum lugar do universo, minhas sandálias que por ti me descalcei.


Por: Kássio rodrigues

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Meus olhos te Encontraram (Maikon Rodrigues)










Quando meus olhos te encontraram pela primeira vez até o folego perdi, tamanha era sua formosura.
As mais belas rosas de todos os jardins não se comparam com a sua grandeza, mui menos as pétalas com sua delicadeza.
Tu és diva, és a princesa que deslumbrava os meus mais belos sonhos. 
A Lua aparece todas as noites só para invejar a sua beleza, pois ela só é admirada quando está cheia, mas você é vislumbrantes em todo tempo e encantadora em todos os momentos.
Nunca outrora houvera conhecido tamanho encantamento em uma só borboleta.

  - PequenooPoeetah

Rajkumari (Maikon Rodrigues)




O dia nasce porque a aurora anuncia o teu nome e a tua graciosidade, fazendo com que a curiosidade do sol o atraia ao novo dia.
O crepúsculo do entardecer, por sua vez, anuncia que a princesa tão almejada, por mim e por muito outros, está se aprontando para sair, então a invejosa lua aparece para admira-la como tantos outros, inclusive as estrelas.

  - PequenooPoeetah

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Algaços - (Kássio Rodrigues)


Não aprendi com a alegria. Não refiz meus passos. Enquanto me fazia, não pude questionar, indagar ou opinar. Não tive sorte, tive Deus; tenho Deus! E ainda há calçados do meu tamanho, porque quando me refaço, me esqueço e me algaço, como em ondas e tsunamis, e sal, e águas frias, e noites sombrias. Sou forte, ainda sinto o quente do café mesmo em dias de tristeza e, me alegro e me refaço, antes que o mundo dite meus passos.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O garoto-homem e a menina-mulher (Maikon Rodrigues)

















Certa vez um garoto se apaixonou por uma menina no inicio de sua adolescência, os dois foram extremante apaixonados um pelo o outro, faziam juras de amor, sonhavam juntos, cresceram juntos, aprenderam sobre a vida juntos, um sempre ajudou o outro...
Mas os adolescentes cresceram e o sentimento que outrora era apenas paixão se transformou em amor, processo normal da evolução dos sentimentos. O tempo passou e o garoto passou a acreditar que nunca mais perderia essa menina, que agora já era mulher, e foi ai que ele começou a cavar a sua própria cova. Passou a não valorizar tanto a sua amada, e o desgaste foi nascendo como espinho entre as flores, entre este amor, dividindo-o e afastando-os, até que a carência e a falta dos bons tempos bateram a porta dos corações, mas eles não enxergaram-a, mas a carência sondava incansavelmente o coração da menina, que agora já era mulher, e foi ai onde as desgraças começaram a aparecer. 
Um outro rapaz entrou na vida dessa menina-mulher e a tirou do foco, cegou os seus olhos e arrancou-a do garoto que cego com sua crença que jamais a perderia acabara a perdendo, mas como dito esse rapaz simplesmente tirou-a do foco. Sucessivamente, solitária, carente, sozinha, enraivada, ferida, machucada, buscou refúgio em ''amigos", que na verdade, só a afastaram ainda mais do verdadeiro amor de sua vida. Enfim, essa menina-mulher encontrou um outro sujeito, ao qual se apaixonou e nele encontrou um tapa buraco, ou pelo menos pensa que encontrou. Ela encontrou um sujeito que simplesmente diz que a ama, que simplesmente usa meras e significantes palavras de afeto, mas não demostra com atitudes nem iniciativas, tanto é que o mesmo não possui um emprego, e não move uma pedra para ajuda-la a crescer.
Enquanto isso, o garoto continuava sendo um garoto, enquanto a menina já era mulher, mas com todos esses acontecimentos os seus olhos abriram então percebeu ele que havia perdido a sua amada. Correu ele atrás da sua donzela, mas só o desprezo encontrou quando batia a porta, então o crescimento e amadurecimento do garoto foi inevitável. O mesmo errou bastante, durante toda a trajetória, deu ouvidos a "amigos" que o incentivava a procurar outras garotas, e foi isso que ele fez, mas como já previsto, a "cara" quebrou por uma e duas vezes, e mais uma vez o amadurecimento gradativo foi inevitável. Mas antes que abrir mão da segunda garota, a menina-mulher o procurou e com carinho e saudades, mesmo já namorando, o tratou com todo amor que outrora só os dois conheciam, e foi ai que o garoto-homem, agora homem, abriu mão de tudo para lutar pelo amor da sua amada. Arrependido de todo mal que cometer-te e com uma nova maturidade resolveu guerrear e esperar a sua amada. 
Em meio a conversas, juras de amor e lembranças de sonhos e metas, os dois se uniram em um só e a saudade mataram por três vezes, a esperança aumentava a cada dia, ele então voltou a ajuda-la, a correr atrás das coisas por ela, a se doar para ver as vontades dela se realizarem, dinheiro não era problema, pois o mesmo trabalhava, diferente do sujeito com quem ela estava, ele a ajudou a dar os primeiros passos rumo a dois dos maiores sonhos dela, faculdade e carro, ele literalmente se doou para vê-la feliz mesmo não estando com ele ainda, mas a bipolaridade da, agora, mulher, o machucava incansavelmente, pois ela havia dito que abriria mão do sujeito que com ela agora estava, para ficarem juntos, disse para o, agora, homem que a esperasse que tudo iria se resolver, mas ele a esperou e esperou e esperou, mas novamente tornou a errar, ficou encima da agora mulher a ponto de sufoca-la, mas a saudade e a dor de vê-la com outro o machucava e o mesmo queria resolver logo essa situação, mas a agora mulher, dizia "espere, espere, espere", mas não passava daquelas meras palavras, poucas atitudes via ele nela, mas o amor que sentia por ela o fazia crer e esperar a sua menina-mulher, e até hoje ele à espera incansavelmente ... Mesmo em meio a toda dor, toda ferida, todos os machucados deixados pela sua amada, o seu amor por ela o obriga a espera-la incansavelmente... e ele ainda à espera incansavelmente ...

Por: Maikon rodrigues

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Parasita (Kássio Rodrigues)

  



O amor é abstrato; subjetivo, relativo e sem data de validade. Vem do nada, e vive como um parasita da sua integridade moral e felicidade. Transpõem-se em ideias fixas de "bem me quer, mal me quer", e quase sempre se esbarra na falta de comunicação. Por último, gosta de incomodar; de tirar a fome e o sono, para determinar quem manda no jogo: a incôndita da sua existência, a existência do amor.

Por: Kássio rodrigues

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A espero - (Maikon Rodrigues)





















À espero incansavelmente...

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A espero incansavelmente, pois sei que não posso desistir da minha amada, não posso desistir do brilho que ilumina a minha escuridão, do sorriso que inflama a minha vida. Sua beleza é invejada por todas as mulheres, seus olhos castanhos deslumbram o seu rosto, seus lábios carnudos embriagam a minha memória, a qual se arrepende inexplicavelmente por outrora tê-la não apenas em minha mente, mas também fisicamente, se arrepende de não ter dado valor no que tinha, se e que sabia o valor que aquela joia possuía, mas hoje sei e não só sei como sinto e pago um alto preço por não ter sido melhor, por não ter valorizado aquela joia.

A espero incansavelmente...

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Creio que vou recupera a minha joia, mesmo estando sendo usada por outra pessoa. Acredito e espero, pois assim como Paulo disse: “o amor é paciente, é benigno, tudo espera e tudo crê”.

A espero incansavelmente...

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Agora sei o tamanho do amor que tenho por aquela joia, pela aquela princesa, aquela donzela. Sei que errei, mas também sei que sou capaz de consertar todos os meus erros e melhorar em todos os aspectos, por isso não vou desistir, mas pelo contrario, vou lutar por te e esperar-te e prometo nunca mais perde-la, assim que te recuperar. Steve Jobs disse uma vez: “cada sonho que você deixa para trás é um pedaço do seu futuro que deixa de existir”, então só me resta lutar pelo meu sonho, VOCÊ, e nunca desistir dele e não deixa-lo pra trás, por isso afirmo que vou te esperar incansavelmente.

E continuo a espera-la incansavelmente...

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Por: Maikon rodrigues

O Amor - (Maikon Rodrigues)




O Amor é como uma árvore enraizada onde se pode cortar até o tronco que novas folhas brotam de suas entranhas com uma nova esperança de vida e com a mesma força que outrora, quando brotará pela primeira vez, tinha.
O Amor é como uma rosa cheia de espinhos, linda, deslumbrante, mas que fere e machuca.
O Amor é como uma alegria triste, um pranto sorridente, um descontentamento contente que abriga dentro da gente, é como o sol que ilumina e de acordo com que você se aproxima o calor infernal queima seu corpo e cega seus olhos, te machuca, te tortura, te destrói e te evaporiza.
O Amor é como uma barreira que te faz esquecer-se de si mesmo e passa a lembrar-se somente da pessoa amada.
O Amor é como uma linha que divide o tudo e o nada, o claro e o escuro, o preto e o branco, o regozijo e a murmuração, o gozo e a tristeza, o medo e a coragem, mas do que vale a coragem se todo corajoso foi vencido pelo amor?
O Amor é sufocante, destrutivo, triste, insensato, ignorante, imprudente, prepotente, orgulhoso, medroso, mas ao mesmo tempo é libertador, construtivo, alegre, sensato, sábio, prudente, poderoso, humilde, corajoso, mas do que vale a coragem se todo corajoso foi vencido pelo amor?
O Amor é o encontro entre o tudo e o nada, o começo e o fim, o alfa e o ômega, a ausência e a presença, o sorriso e o choro, o beijo e o tapa, o abraço e o empurrão, o interesse e sua falta, a companhia e a sozinhez.
O amor é como uma flor que brota no deserto trazendo novas esperanças e novas expectativas, é como o primeiro dia ensolarado após o inverno que anuncia junto a sua brisa suave e o desabrochar das flores uma nova estação, a mais bela das estações, a primavera, tão almejada pelos amantes e poetas.

Por: Maikon rodrigues

Te desejo - (Maikon Rodrigues)




















Cada segundo que passa te desejo mais e mais
Assim como o amanhecer deseja a aurora
Assim meu corpo deseja sentir o seu
Assim como a noite precisa da lua para ficar mais linda
Assim preciso de você pra que minha vida tenha brilho outra vez

Desejo desfrutar de seus lábios
Com tamanha voracidade
Que nem mesmo a sede que os corços possuem
Comparar-se-ão com o mesmo desejo que possuo

Anseio, como anseio.
Sentir seus seios no meu peito
Sentir o calor do seu abraço
O toque de suas mãos

O calor ardente da paixão me consome
E minha mente começa a desfrutar de imaginações extravagantes
De um mundo onde outrora nunca houvera ido.


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de 


Quem és ? - (Maikon Rodrigues)




Olhos resplandecentes, cintura de violão
Rosto de boneca, sorriso iluminado
Pernas vislumbrantes, corpo deslumbrante
Quem és?

Tu és o lírio dos meus campos
És a flor mais bela do meu jardim
És o perfume suave das rosas
És o despertar da margarida
És o bater das asas de uma borboleta

És a razão da minha vida
Minha estrela preferida
És minha donzela, minha princesa
És meu complemento, minha coragem
És o maior presente de Deus pra minha vida

Tu és divina
Tu és rainha
Tu és linda
Tu és perfeita

Tu és o meu ar
Meu andar
Meu sorriso
Meu ser
Meu encanto predileto

Tu és o meu amor
Tu és o que me faz feliz
És minha galáxia
E simplesmente por você ser tudo isso
Tu és o meu amor


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de


Saudades - (Maikon Rodrigues)

















Ah minha donzela, como quero ter-te ao me lado
Como quero sentir seu perfume, exalar o teu cheiro
Que falta você me faz, meu ar!

Você é como o crepúsculo do meu entardecer
Como a aurora do meu amanhecer
Você é minha rainha, minha princesa

Seu sorriso é o sol que ilumina o meu dia
Seus olhos são como duas luas cheias que iluminam a minha escuridão

Quando poderei tocar-te novamente?
Quando poderei sentir-te em mim?

Não vejo a hora de sentir teus lábios nos meus
Sentir teu abraço, teu carinho
Morro de saudades de você, meu anjo
Volta logo pra mim!
Estou a sua espera...


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de


Hoje a volta - (Maikon Rodrigues)



Louvar-te-ei hoje oh Deus dos deuses e engrandecerei o Teu nome
Pois fortes Tu que confiares a mim uma nova chance
Render-me-ei a Ti, pois só em Ti tenho gozo e paz
Elogiarei a Tua benignidade e Tua sabedoria
Pois permitisses o meu sofrimento para aprender a lidar com a diversidade

Radiante foste o meu dia de hoje!
A alegria que o SENHOR me deras neste dia não se pode explicar
Pois perdido dentro de mim mesmo estava
Sem rumo e sem direção
Mas destes novamente o motivo da alegria do meu coração

Oh minha donzela, cheguei a pensar que havia te perdido
Cheguei a pensar que não a teria mais comigo
Mas vós me surpreendestes no ultimo minuto
Vós me cativastes a teu amor e teu carinho

Linda tu és oh minha donzela
Reluzente são teus olhos
Flamejante teus sorrisos
Vislumbrantes tua formosura
Deslumbrante o teu jeito doce amargo de ser

Mas agora quero terminar!
Como desejo terminar com você
E vou terminar o resto da minha vida junto a você
Fiques comigo para todo o sempre, oh minha donzela
Não me abandones, pois te quero e desejo-te cada vez mais


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de 


Volte - (Maikon Rodrigues)


Quanta falta tu me fazes
Quantas saudades tenho de te, oh minha amada
Tu não sabes o quanto te desejo
Nem o quanto te espero
Mui menos o quanto te quero

Como quero ter-te em mim outra vez
Lembro-me de outrora termos sidos tão felizes
Só consigo lembrar das nossas extravagancias
E dos momentos bons durante nossa jornada
Que ainda creio que não acabara

Me recordo de seus lábios nos meus
De meus olhos nos seus
Como adorava sentir sua respiração forte e flamejante
Que em mim lançava em nossos momentos de caricias

Tu não sabes o quanto enamorado estou por te
Nem tens noção do tamanho do medo que estou sentindo
Medo de te perder definitivamente

Oh estrela que ilumina a minha vida
Volte e brilha outra vez em mim
Oh crepúsculo que deslumbra o meu entardecer
Volta e deslumbre a minha vida
Pois sem te, oh minha donzela
Sem te não sei viver

Desesperado estou
Sem rumo e sozinho
Perdido dentro de mim mesmo
Perdido no vazio que agora habitas em mim
No vazio que na verdade não é um vazio
Mas sim o lugar reservado pra te!

Oras, volte logo
Antes que eu morra de saudades
Antes que eu morra de desejo
Antes que eu morra de amor por te
Volte para os meu braços
Estou te esperando, volte !


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de


Saudade Infernal - (Maikon Rodrigues)


Sou poeta, sou amante
Mas sinto tristeza e angustia
Depressão não conheço, nem quero a ver
Mas algo pior tive o desprazer de conhecer.

Que és ?
És tu saudade infernal
Que tanto me mata e me corroem
Creio que um dia ainda ei de te matar
Ainda ei de exterminar contigo.

Como minh‘alma te odeias
Como quero me ver livre de te
Ah como te desprezo e te negligencio
Te abomino!
Ainda matar-te-ei um dia.

Espero que não consuma mais a minh'alma
Se é que existe algo ainda para ser consumido
Mas do pouco que me resta
Tirarei forças e combater-te-ei
E sei que um dia ainda ei de te matar.


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de


Dispare, oh coração dispare - (Maikon Rodrigues)
















Dispare, oh coração, dispare!
Dispare de tristeza e solidão
Dispare de angustia e de saudade
Dispare de arrependimento de não ter sido melhor.

Dispare, oh coração, dispare!
Dispare hoje de toda falha que fizestes
Dispare hoje por todo esse sofrimento que estas passando.

Dispare, oh coração, dispare!
Dispare de angustia hoje, porque amanha tu dispararás de alegria e gozo
Tu dispararás de felicidade e de paixão
Porque tu e tua amada estarão felizes.

Dispare, oh coração, dispare!
Corra como o vento
Corra em direção a sua amada
Pois ela mui espera por te, mesmo que seja inconscientemente.


Autor: Miranda, Maikon Rodrigues Ladislau de